Queridos irmãos e irmãs da comunidade São Pedro e São Paulo, mais um ano chega ao fim e, como sempre, gosto de refletir e fazer um balanço do que passou, procurando o que de bom aconteceu e o que ainda temos de melhorar, para que se realize o plano de salvação que Deus tem para cada um de nós e dos nossos familiares.

O principal ponto positivo foram as visitas que fiz como pároco às residências do território paroquial a mim confiado pela Igreja. Conheci pessoas novas, em famílias bem estruturadas e noutras com grandes dificuldades, passando por doenças e necessidades materiais e espirituais. A todos levei o conforto e o abraço da Igreja. Para a minha alegria, muitos vieram para a Santa Missa, batizaram os seus filhos, trouxeram as crianças para a catequese e começaram a trabalhar e viver em comunidade, não raro inseridos nos diversos movimentos e pastorais: descobrimos talentos no serviço, como músicos, como catequistas, como ministros, como leitores etc.

Quero agradecer, aliás, às pessoas que com o seu sim aceitaram o desafio de ser novas lideranças nos movimentos e pastorais. Precisamos de mais pessoas que decidam doar um pouco do seu tempo para que a nossa Igreja cresça em amor e caridade. Houve movimento que quase deixou de existir no período da pandemia, porque muitos perdemos pela morte e outros ficaram impedidos de vir à Igreja por restrições de saúde, própria ou de familiares.

Fato positivo que também tenho de relatar é a récita semanal do Santo Terço pelos homens, toda quarta-feira às 19h00 após a Santa Missa com a Novena à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Erradamente imaginei que não compareceriam senão senhores de idade, sobretudo os que rezavam nas suas casas, mas tive a maravilhosa surpresa de encontrar crianças e jovens que aos seus pais e avós recordavam o dia do terço. Agradeço muito à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro por esse movimento.

Também me chamaram a atenção as melhorias na comunicação paroquial, que se tornou mais rápida e eficaz nos avisos e na divulgação de eventos. Estamos agora criando um grupo de trabalho para ajudar-nos a fazer roteiros para o ano litúrgico.

Aqui desejo reiterar o que falei na mensagem de Natal, a propósito das muitas pessoas que encontro no mercado, no farmácia, no comércio em geral, e que me indagam sobre assistir à Missa pela televisão. Volto a afirmar que não é a mesma coisa, a não ser que as pessoas estejam impedidas por doença ou idade avançada, as quais, mesmo assim, devem procurar a visita do Padre para confessar-se e depois ser atendidas por um ministro da Sagrada Comunhão, o qual será designado para atendê-las, levando-lhes a Eucaristia. Ainda muito me preocupa, como consequência da pandemia, a menor frequentação da comunidade nas Santas Missas. Tudo parece ter voltado ao normal, exceto na vida da Igreja. Faço um apelo às famílias: voltem a participar da Santa Missa! Como muitas vezes já falei, esse é o único caminho que nos leva ao Céu, e, como nos ensina Santo Anselmo:

“Uma só Missa oferecida e ouvida em vida com devoção, para o próprio bem, pode valer mais que mil Missas celebradas na mesma intenção, depois da morte.”

Neste novo ano, temos dois novos desafios. O primeiro é a celebração do cinquentenário da Paróquia São Pedro e São Paulo, para cuja divulgação e realização precisamos da cooperação de todos. O segundo é a reconstrução do salão paroquial, cuja cobertura deve estar pronta até o dia da festividade. A reforma é custosa, mas com a compreensão e a generosidade de cada um, esperamos concluir as obras em tempo e com sucesso. O salão paroquial ficará sendo, para a comunidade, lugar de eventos, de festas, de encontro, de amizade, de confraternização.

Desejo a você e à sua família um próspero e santo ano de 2023, com muita saúde e muita paz.

Com a benção de Deus Pai Todo-Poderoso, pela intercessão da Virgem Maria, de São Pedro e São Paulo e dos Santos Anjos da Guarda.

Pe. Antonio Polanczyk, SChr

Pároco